Make a Wish

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

A vida de estrela não é fácil, sabia? Todo dia ter a obrigação de acender minha luz interna, como um vagalume e brilhar, mesmo quando há um monte de nuvens no céu e até quando a maioria das pessoas nem olha em nossa direção é cansativo. Um pouco de sossego cairia bem, é sério! Reconhecimento também, afinal de contas eu sou uma Estrela!!! Ih, lá vem meu supervisor Urano, deixa eu me acalmar, ele é um pouco, hum, irascível, desde o episódio dos filhos com a foice, aquele da rebelião dos titãs, sabe?
Enfim, além de ter que lançar meu brilho para o universo, também posso conceder um desejo por ano a um humano, durante a passagem de um ano para o outro, época conhecida como Ano Novo, Réveillon e outros nomes impronunciáveis. Qual é, dá um tempo, eu não fiz o primário, e quem é que consegue escrever aquele nome judaico direito? Mas, como eu dizia, posso conceder um desejo e essa é a parte que eu mais gosto do meu trabalho, porque fazer essa escolha é super divertido! Os humanos são imprevisíveis!!!

***

Noite de Ano Novo. Eu aqui, liberando meu brilho intenso pelo universo. Todo mundo animado. Pelo menos esse pessoal na festa ali na cobertura daquele prédio, estão. Culpa da bebida? Cigarrinhos suspeitos? Amores? O fato é que a festa está fervendo, mas isso tende a mudar quando a hora começa a se aproximar da meia noite. Acho que vou ficar de olho neles, quem sabe não encontro meu escolhido desse ano entre eles? Meu supervisor querido, Urano, me alertou para não atender o pedido de uma criança outra vez. Como se meu trabalho já não fosse difícil o bastante, ainda tenho que limitar minhas opções. 
Começo a perceber algumas pessoas se afastando da galera que está dançando e se encaminhando para algum cantinho mais tranquilo, outros estão apoiando os braços na murada e olhando para o céu. Oh, tem gente me olhando, que emoção, ai finalmente! Eu amo esses momentos. Vou me aproximar um pouquinho e tentar sondar os pensamentos deles. O que será que eles desejam?
Hum, a moça de cabelos ruivos parece particularmente interessante, vamos ver. 
“Nossa, tô meio tonta... Vir a essa festa foi uma ótima ideia, preciso agradecer à Sheila por me convidar... As estrelas são tão bonitas, tão brilhantes... Eu queria ser assim, brilhante, imagina que máximo se eu faíscasse como uma estrela, ou melhor, como um raio, raios são tão esquisitos, parecem vir do céu, mas saem da terra... É muito estranho...”
Acho que me enganei, ou ela está muito, muito bêbada ou precisa urgente de um psiquiatra. 
Lará lará, vamos ver esse rapaz moreno e bonito. Nossa, se eu fosse humana ia dar uma moral pra ele, uau! Mas ele parece um pouco triste, olhando pra baixo, porque será? O que fizeram pra ele?
“Cara, que situação... Isso nunca aconteceu comigo. Não é justo, logo hoje, noite de Ano Novo, você meu amigo fiel e camarada me deixar na mão... Como tu não levantou? A mina era muito gostosa... Será que tem algo errado comigo? Será que foi por causa da Aline, que eu peguei antes de vir pra cá? Será que alguém jogou uma praga pra eu brochar?”
É, acho que não. O que ele precisa, não posso fornecer, não sou médica há há. Piada sem graça, eu sei, mas o cara é um maníaco, tá na cara.
Olha! Tem uma moça loira olhando pra mim... E parece que está fazendo um pedido, com as mãos juntinhas, que fofa!
“Estrela, estrela querida... Você precisa me ajudar! Eu preciso muito engravidar esse ano, meu marido está tendo um caso e eu não posso permitir que ele me deixe... Por favor, me ajuda, me ajuda, me ajuda...”
Opa! Essa aí precisa é de amor-próprio, que infelizmente está escasso no mercado! Próximo!!! Espera, tem um homem se aproximando dela, deve ser o marido já que a abraçou. Oh, está olhando pra mim também.
“Estrela, estrela querida... Me ajude a contar pra minha esposa que estou apaixonado por outra pessoa... Me dê coragem para assumir que eu amo o Luciano...”
Uow!!! Nem eu esperava por essa. Coitada dessa moça, agora é que não posso mesmo atender ao pedido dela. E quanto a esse banana, coragem não vem em frasco pra gente sair distribuindo assim. Humpf!

***

A meia- noite se aproxima, e ainda não consegui encontrar alguém que mereça um pedido. Ou pedem coisas impossíveis como a brisada que queria virar um raio, ou querem coisas que podem remediar uma situação, como a mocinha desesperada para manter o casamento e seu banana, ops, esposo desesperado pra sair do armário, ou querem satisfazer seu próprio prazer, como o tarado brochado. Não tem ninguém razoável nesse lugar? Será que perdi meu tempo olhando o pessoal dessa festa?
Continuo sondando os pensamentos, mas a essa altura, tudo começa a ficar desconexo por conta da bebida, e sim, dos cigarrinhos suspeitos. Eu vi quando um grupinho começou a passar um entre eles. Eu sempre digo ao meu chefe soberano, o senhor Urano supremo, que os humanos não sabem o que é melhor para eles. Só pensam em si mesmos. Talvez eu não tenha comentado, mas a parte importante do pedido, é que para ser atendido, ele precisa ser puro e deve contemplar outra pessoa e não quem está solicitando. Sim, o meu trabalho é muito, muito difícil.
Faltando poucos minutos para a virada do ano, todos começam a se aglomerar na cobertura, e até as crianças se juntam aos adultos para a comemoração e o fluxo de pensamentos, começa a me deixar um pouco enervada, são muitas informações ao mesmo tempo, e eu sou sensível. No meio de tantos sentimentos confusos, algo me chama a atenção e eu tento silenciar os pensamentos ao redor para me concentrar nesse pensamento que está crescendo e me atraindo para ele. 
Finalmente consigo identificar a fonte de tal pensamento e se trata de uma garotinha morena, linda e meiga, parecendo uma princesa com seu vestido rosa. Ela olha para as pessoas ao seu redor com um sorriso tão brilhante quanto eu, e então me encara fixamente. Eu levo um susto com tal intensidade em seu olhar e me sinto obrigada a olhar para ela fixamente também. 
“Amiga estrela, por favor me ajude a fazer todo mundo feliz. Que meus amiguinhos da escola continuem rindo das minhas brincadeiras, que meus tios continuem sorrindo quando eu abraçar seus joelhos, que meus avós continuem rindo quando eu passar o dedo no açúcar em cima do bolo, e que meus pais continuem sorrindo pra mim quando eu disser que os amo, porque eu amo mesmo, de verdade”
Ela emana um sentimento tão forte de amor, que se eu tivesse um coração, ele estaria molinho agora. É, esse pedido eu posso conceder. As crianças sempre sabem o que é o melhor para eles e para os outros. Que meu chefe, o soberano Urano não me ouça, ele detesta crianças, por causa da história da foice, sabe, mas basta eu brilhar intensamente que ele fica confuso com minha luminosidade e esquecerá que eu de novo, atendi o pedido de uma criança.
Desejem-me sorte.
Ah e Feliz Ano Novo!!!



******************************************************
Dedicado a todos os amigos que 2015 me trouxe nesse mundo literário. Sinta-se querido se você me acompanha e troca ideias sobre livros e todas as outras coisas, cada vez que nos falamos é um imenso prazer para mim. Feliz Ano Novo!!!

Desejos

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

*Quando você pede a uma Estrela,
Não importa onde esteja,
Aquilo que seu coração deseja,
Virá para você...*

Walt Disney

Desejo a cada um de vocês, amigos desse blog, um Natal repleto de luz, paz e amor e agradeço imensamente por todo o carinho e apoio. Vocês são os melhores. Muito, muito obrigada!!!


Ed. Draco vem com tudo em Dezembro

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Boa noite pessoas queridas!!! O ano está acabando, mas as novidades da nossa parceira Editora Draco, não. Vamos conhecer os lançamentos de Dezembro???

 - O Despertar da Fúria, Eduardo Kasse
Doença, sofrimento e morte. Com a peste negra assolando a Europa, os poderosos da Igreja e da nobreza têm de encontrar alguém para acusar, fazendo o povo odiar um mal em comum. Só assim conseguirão manter o controle. E claro, os culpados sempre são os demônios. Os culpados somos nós.

O Despertar da Fúria é o quarto romance da Série Tempos de Sangue, de Eduardo Kasse, e narra como a terrível doença foi a causadora de histeria e milhares de mortes pela Europa medieval.
Vinda do continente pelo mar, a praga se espalha rapidamente pela Inglaterra, assim como as pilhas de corpos retirados dos casebres, das catedrais e dos castelos. A morte não faz distinção: ceifa a vida de jovens saudáveis e de velhos decrépitos com o mesmo ímpeto. Ricos ou pobres, não importa.
E, em meio ao medo e à descrença, Harold Stonecross continua seu caminho pelas sombras, sedento pelo cada vez mais escasso sangue fresco e puro. Contudo as trevas também se abaterão sobre o imortal, não pela doença, mas pelas mãos dos seus algozes, enquanto poderes ancestrais se reúnem na Inglaterra a fim de traçar o destino deles e da humanidade.

- O Esplendor, Alexey Dodsworth
A luz esconde. A escuridão revela.

Aphriké é o nome de um planeta fadado à luz interminável. Um planeta considerado o único do universo, e habitado por uma raça telepática que desconhece o sono, o sonho e a privacidade. Convictos da eternidade de seu mundo, os aphrikeianos não desconfiam que tudo foi criado por R’av, um ser com poderes cósmicos e obcecado pela ideia de perfeição.
Mas mesmo um deus pode errar. Sobretudo se for um deus aprendiz e que desconhece o que realmente é.
Aprisionados a uma maldição alardeada por bárbaros liderados pela feroz Lah-Ura, os aphrikeianos nem desconfiam que seu paraíso está prestes a ser arruinado. Até que nasce uma aberração: um menino capaz de dormir. Uma pessoa capaz de, através dos sonhos, entrar em contato com Outromundo, um planeta como Aphriké, mas iluminado por um único sol amarelo. Considerado deficiente, este menino precisará se unir à letal Lah-Ura para, juntos, revelarem a verdade oculta da criação de Aphriké. Uma verdade que a luz esconde, mas que a escuridão revelará.
O Esplendor é um romance imaginativo e envolvente de Alexey Dodsworth. Quando a luz oculta a verdade, só um mergulho aos sonhos pode iluminar o mundo que nunca se apaga.

- Zikas – v. 1, Alessio Esteves, Raphael Fernandes e Junior Ferreira
Rolezinho, periferia e… fantasia medieval?!

Em um mundo habitado por elfos, orcs, anões, gnomos e outras criaturas fantásticas, o reino de San Paolo é repleto de problemas. A Milícia Pública combate o crime e tenta manter a ordem, mas quando alguém precisa resolver algo para valer, é melhor chamar um zika!
Conheça Barone, um orc cansado de ser apenas um ajudante geral de um boteco na periferia e pretende ser o maior zika que o reino já viu. Para isso, conta com a ajuda do anão hipster Muralha, da orc cabeleireira Latiffa e do gnomo mal-humorado Jay.
Zikas é escrito por Alessio Esteves e Raphael Fernandes, e ilustrado por Junior Ferreira. Uma verdadeira paródia da vida nas grandes metrópoles brasileiras, com raças e classes sociais que seriam cômicas se não fossem trágicas.
Vivencie batalhas épicas ao som de funk ostentação, explore masmorras que são shoppings e aprenda a lidar com as autoridades. Humor, aventura e muito jeitinho brasileiro!

- Boys Love em Quadrinhos – v. 1
Porque o verdadeiro amor precisa ser visto

Boy’s Love ou yaoi são apenas formas de descrever o fenômeno que surgiu no Japão e conquistou o mundo. Histórias cheias de sensibilidade e afeto, protagonizadas por rapazes em relações homoafetivas, um universo onde as sensações são intensas e a paixão fala mais alto a cada frase. E depois do sucesso da coleção Boy’s Love, agora com a imersão visual que só os mangás permitem.
Neste primeiro volume de Boy’s Love em Quadrinhos, prepare‑se para testemunhar esses casos que podem ser aconchegantes como um abraço esperado ou quentes como um beijo roubado. Amores que vêm do espaço ou fantasias que são mais palpáveis que as palavras podem expressar. A tensão de não entender o coração daquela pessoa especial, mesmo que ela não exista mais.
Organizada por Tanko Chan, que também participa ilustrando uma história, essa antologia traz lindas HQs por Rita Portugal, Talles Rodrigues, Márcio Moreira, Kurama-Chan, Yuu, F. Steffens, M. Steffens, Guilherme Smee, Ju Loyola, Blanxe e Raquel Sumeragi.
Prepare-se para experimentar sensíveis e inesquecíveis casos de amor. Narrados com a magia dos mangás, mas sempre com o mistério nas entrelinhas das palavras.

A Draco também tem lançamentos de Contos em formato digital, vejam só:

- A menina que se alimentava de dor (Tempos de Sangue), Eduardo Kasse
Conto da série Tempos de Sangue de Eduardo Kasse, autor brasileiro que vem despontando pelo trabalho de ficção histórica misturada ao mito dos vampiros.

Não há vencedores numa guerra: a dor e o sofrimento permanecem mesmo depois que as batalhas acabam. Essa é a história de como as trevas dominaram Amalina, uma jovem esforçada e de bom coração, na época em que a França começava a ser delineada.



- O beijo de Rudra (Tempos de Sangue), Ana Lúcia Merege
Conto de Ana Lúcia Merege, autora de O Castelo das Águias. Uma participação especial para a série Tempos de Sangue de Eduardo Kasse, autor brasileiro que vem despontando pelo trabalho de ficção histórica misturada ao mito dos vampiros.

No Vale do Indo, há 4.000 anos, a jovem Gauri recebe de um deus a incumbência de salvar sua cidade. No entanto, a intolerância dos anciãos pode obrigá-la a um perigoso jogo entre a morte e a vida eterna.



Dá pra perceber que tem para todos os gostos né? E o melhor, todos de autores nacionais.
Aproveitem, aproveitem, aproveitem!!!
Beijinhos

Conselho de Mãe

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Após um ano difícil e cansativo, resolvi que eu merecia uma folga. Mas, ficar em casa não ia me ajudar, então comecei a fuçar no Facebook entre os grupos de viagem que sigo, qual oferecia uma viagem rápida e bacana pro fim de semana. Acabei encontrando um grupo que ia pra São Thomé das Letras, Minas Gerais, lugar tido como tranquilo, bonito e cheio de gente amor e paz. Exatamente o que eu preciso no momento!!!
Depois de entrar em contato com a equipe e garantir minha reserva, cuidei de separar o que ia levar. Malas prontas, só me faltava sobreviver ao dia de amanhã.
***
Sexta à noite. Metrô lotado. Todo mundo querendo curtir a noite e eu só quero chegar no lugar certo, na hora marcada. Aparentemente eu consigo ser pontual, bem como outras pessoas que vão embarcar no mesmo local, mas os organizadores da viagem não. Finalmente depois de quase uma hora de espera, o ônibus chega e todo mundo começa a formar uma fila pra entrar no ônibus. Quando chega minha vez, me sento em uma poltrona na janela, no meio do ônibus. Lugar perfeito, já que se eu sentar muito no fundo, passo mal, e se eu sentar muito na frente, posso perder a diversão que geralmente acontece no fundão dos ônibus em viagens assim.
Pra minha sorte, acabo sozinha com duas poltronas à minha disposição e como sou pequena, posso até deitar pra dormir se quiser. Esse pensamento me atrai e eu me preparo para isso. Só que não consigo, apesar de me sentir exausta. Acontece que a dupla de garotas sentadas à minha frente não cala a boca. Pelo que captei da conversa, elas pretendem passar 6 horas conversando no busão. Oh céus, é sério????? 
Realmente elas conversaram boa parte do caminho, e não consegui pegar no sono, por isso fiquei prestando atenção à conversa das duas. Ei, não tenho culpa se eu fico enjoada quando mexo no celular se estou em um veículo em movimento, e se estou sozinha.
Conversa vai, conversa vem, elas começam a falar sobre suas vidas amorosas e confesso que em alguns momentos tive que segurar o riso para elas não perceberem que eu estava ouvindo. As desventuras amorosas delas inspirariam ótimas comédias românticas.
Uma dessas histórias me chamou a atenção, porque envolvia conselho de mãe e eu me peguei lembrando dos conselhos da minha mãezinha. Dizem que mãe sabe das coisas e é verdade.
Há alguns anos, eu me apaixonei por um homem mais velho. Ele tinha uma situação complicada, já havia sido casado e se dizia traumatizado com relacionamentos. Tivemos um romance intenso e rápido, mas no fim eu fiquei sozinha juntando os caquinhos do meu coração. Tive surtos de depressão, mas tentei fingir que estava tudo bem por causa dos meus pais, só que depois que eu me recuperei e me interessei por outro homem, decidi que seria totalmente honesta com minha mãe. Ela sofreu em silêncio por mim, sem saber o que eu estava passando, e resolvi que não a faria passar por isso outra vez, pois me matava por dentro causar qualquer dor a ela. Considerando meu dedo podre, era óbvio que se eu me interessava por alguém, a coisa toda poderia dar errado.
Enfim, conheci o Gandalf em um grupo do Facebook voltado a pessoas que gostam de cruzeiros e como sempre tive vontade de fazer esse tipo de viagem, me inscrevi e comecei a trocar ideias com várias pessoas do grupo. Gandalf, trabalhava como garçom em um navio e logo começou a conversar comigo por mensagens privadas. Não, esse não é o nome dele, não se preocupe. É um apelido dado por seus colegas, já que ele prepara uns drinks realmente mágicos. Depois de um tempo de flerte, resolvi aceitar conhece-lo pessoalmente. Ele viria a São Paulo em um fim de semana de folga, e nos encontraríamos para comer alguma coisa e nos conhecer melhor.
Eu estava ansiosa, pois fazia um tempo que não saía com ninguém, provavelmente havia esquecido como se fazia para paquerar. Mas, antes de ir, resolvi conversar com a minha velha sobre a situação atual. Contei a ela tudo que aconteceu com meu ex, e que apesar de ainda estar um pouco mexida, resolvi me abrir a uma outra possibilidade. Minha mãe mais uma vez na vida, me surpreendeu com sua empolgação, fazendo diversas perguntas sobre os dois e me pedindo para ver suas fotos.
Quando mostrei a foto do primeiro, ela torceu o nariz e soltou:
- Minha filha, você é tão bonita. Você consegue alguém melhorzinho, não acha?
Eu a encarei com incredulidade diante do seu comentário e dei um riso frouxo. Afinal, beleza não se põe à mesa né??? 
Quando mostrei a foto do segundo, minha surpresa aumentou diante do enorme sorriso que ela abriu:
- Ahhhh, esse sim dá pra andar de mãos dadas no shopping – disse com toda a sua sabedoria.
Dessa vez, gargalhei alto. Minha mãe é uma figura. Mas olhando as duas fotos dos homens que dividiam meu interesse, cheguei à conclusão de que ela tinha razão e fui ao encontro do Gandalf. Só tenho a dizer que quando nos encontramos no metrô, não precisamos de nenhuma palavra para nos entendermos. Nada de sair pra comer, nem conversar. Fomos direto a um motel e tive a melhor noite da minha vida. Depois ele voltou a cruzar os mares no navio, e não nos vimos mais, apesar de manter contato.
As lembranças daquela noite permaneceram comigo durante todo aquele fim de semana e quando retornei a São Paulo, decidi lhe enviar a seguinte mensagem:
“Gandalf, como vai? Agitado como o mar em que navega??? Rsrsr Piada infame, eu sei. Só queria saber quando estará em terra novamente, porque eu gostaria de te ver pessoalmente de novo. Que achas?”
Não demoro a receber sua resposta:
“Achei que nunca ia perguntar, gata kkkkk. Estarei em terra no próximo fim de semana, mas só por um dia em Santos. Alguma chance de você ir me encontrar no porto?”
Mordo meu lábio inferior, pensando e calculando se tenho dinheiro para essa aventura, e antes de concluir o raciocínio, já estou digitando a resposta furiosamente, como se meus dedos tivessem vida própria:
“Certamente marujo! É só me falar local e horário ;)”
Céus! Eu realmente fiz isso??? Engraçado, devia me sentir constrangida, mas não estou, na verdade me sinto bem e empolgada. Hellooooo, foi a melhor noite da minha vida, é claro que estou empolgada!!!! Valeu mãe! Valeu Universo por me influenciar a ouvi-la! Valeu Vida por suas idas e vindas!



#DiadoLeitor

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Oi pessoas lindas! Hoje é sexta!!! E isso significa que vamos conhecer mais uma pessoa que o mundo literário me apresentou. 
Hoje é o dia da Taínny, que tem 15 anos e é estudante do Ensino Médio, ano que vem ela ingressa no 2° ano. Além de ler é apaixonada por filmes e séries e se considera uma nerd assumida!!! Eu também Taínny rsrsrsrs. Vamos ver do que ela gosta na literatura?

A Menina que Não Para de Ler – Possui Instagram, Blog ou Canal Literário? Qual?
Taínny: Sim, possuo. Tenho o Ig @partesdaliteratura e, em breve, iniciarei um blog com o mesmo título.

AMQNPDL – Quando começou a se interessar por livros? Foi espontâneo ou alguém te incentivou?
T: Comecei assim que aprendi a ler, de modo que, aos 7 anos, lia livros de quase 200 páginas. Foi espontâneo. 

AMQNPDL – Qual o seu gênero literário favorito?
T: Não consigo escolher. Acredite, já tentei. Toda vez que me perguntam, respondo algo diferente.

AMQNPDL – Qual o primeiro livro que leu? O que mais gostou nele?
T: O primeiro “livro de verdade” que li foi “Ele escolheu os Cravos”. Gostei porque se tratava de assuntos interessantes e os explicava bem, com uma linguagem compreensível para alguém de 7 anos. 

AMQNPDL – Qual o último livro que leu? O que mais gostou nele?
T: Estou no finalzinho de “As Aventuras de Sherlock Holmes”, mas o último que li inteiro foi “O Diário de Anne Frank”. Gostei por ter conseguido facilmente me levar a época da 2ª Guerra, me fazendo perceber ainda mais a perseguição, sofrimento e persistência do povo judeu.

AMQNPDL – Qual o personagem literário com o qual mais se identifica? Por quê?
T: São dois: Percy Jackson e America Singer. Acho que por serem “diferenciados”, não irem atrás de todos e tentando resolver os problemas que aparecem de forma não convencional.

AMQNPDL – Qual o personagem literário que não gostou? Por quê?
T: Gandalf, em “O Hobbit”. Acho que me iludi muito com o Gandalf dos filmes, achava ele o máximo! Mas no livro, ele é tipo um Mestre dos Magos, que some quando a situação complica e aparece só pra pegar no pé. Isso me decepcionou.

AMQNPDL – Tem algum(a) autor(a) favorito(a)? Qual obra mais gosta dele(a)?
T: Amo o Max Lucado. Meu livro preferido dele é “Você não está Sozinho”

AMQNPDL – Cite 3 livros que você indica para qualquer pessoa:
T: Querido John - Nicholas Sparks
Pollyanna - Eleanor H. Porter
O Corcunda de Notre Dame - Victor Hugo

AMQNPDL – Cite o seu trecho literário favorito:
T: “-Vim pedir conselho
- Coisa fácil de se conseguir
- E ajuda
- Isso nem sempre é tão fácil”

AMQNPDL – Tem alguma pergunta para a blogueira?
T: Quais os seus crushs literários?
AMQNPDL - Nossa, são vários huahuahuahu, mas acho que o Sr Darcy e Capitão Wenthworth de Orgulho e Preconceito e Persuasão da Jane Austen, Bernardo de O Descompasso Infinito do Coração da Bianca Briones, Amon de O Despertar do Príncipe da Colleen Houck e o Charlie de Vida e Morte de Charlie St Cloud são os que mais mexem com o meu psicológico rsrsrs.

Gente, que fofa né? Acho maravilhoso quando alguém tão jovem se interessa por temas tão intensos quanto o holocausto e fé. Parabéns flor, continue nesse caminho que você vai crescer muito!!! Quem quiser saber mais sobre a Taínny e seus gostos literários, é só dar um pulinho no seu perfil do Instagram, e quem quiser participar dessa coluna, é só me enviar um e-mail para gigimorrison@hotmail.com.

Beijinhos <3 

Sobre coisas e livros - Tag Literária

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Oi pessoas lindas!!! Estou colocando (ou tentando rs) em dia, as #tags que me marcam no Instagram e algumas por serem longas ou necessitarem de respostas elaboradas, eu prefiro responder aqui.
Uma delas até parece uma mini entrevista como fazemos aqui às sextas, a #sobrecoisaselivros.
Vamos ver do que se trata???



1 - O livro que te fez se apaixonar por leitura:
R: Acho que O Pequeno Príncipe, porque é o mais antigo que lembro de ter lido.

2 - O último livro comprado:
R: O Presente do Meu Grande Amor, coletânea de contos de Natal organizada por Stephanie Perkins. 

3 - Um livro que você se arrependei de ter lido:
R: Nenhum. Toda e qualquer leitura é válida.

4 - Um livro que tem uma capa feia:
R: Na minha estante não tem capa feia huahuahuuhauha.

5 - Seu autor(a) preferido(a):
R: Jane Austen. Sei que é horrível ter que escolher um só, mas creio que de todos, ela tem sido mais constante em minha vida.

6 - Um livro modinha:
R: Confesso que se um livro tá muito na moda, prefiro não ler, mas me rendi ao lindo A Culpa é das Estrelas e não me arrependo, porque John Green se tornou uma referência pra mim. Sei que ele divide opiniões, porque nem todo mundo entende seu estilo, mas eu particularmente amo. Talvez, porque eu não seja mais adolescente (público que mais se interessa por seus livros) e consiga perceber nuances que os mais novos não conseguem.

7 - A pior adaptação literária nos cinemas:
R: Adaptação literária é um tema complicado, porque a maioria não entende do que se trata. As adaptações não tem que ser literais, elas normalmente são apenas baseadas na história do livro, não uma transfiguração do mesmo. Mas, acho que não se pode alterar demais também se não o foco muda completamente. Acho que de todas as adaptações que vi até hoje, Percy Jackson e o Mar de Monstros conseguiu levar o troféu de pior de todos os tempos. Sério, conseguiram fazer o primeiro filme ficar bom.

8 - Um livro que superou suas expectativas:
R: O Diário Secreto de Lizzie Bennet. Ok, uma releitura de Orgulho e Preconceito me deixaria feliz mesmo se fosse ruim, mas não é o caso. O livro é fabuloso e tão Jane Austen, que tenho certeza de que ela ficaria orgulhosa se ainda estivesse viva.

9 - Um livro nacional:
R: Nossa, são tantos os maravilhosos autores do nosso país. Acho que todo mundo precisa valorizar mais nossa literatura, por isso vou citar vários entre os que li huahuahuhuauh: O Filho Eterno de Cristóvão Tezza, Primeiras Impressões da Laís R. de Oliveira, A Casa do André Vianco, A Escrava Isaura do Bernardo Guimarães, A Série Batidas Perdidas da Bianca Briones, Helena do Machado de Assis e por aí vai.

10 - Seu Instagram sobre livros preferido:
R: Nossa, gosto de muitos, mas acompanho bem de perto o Parabatai Books, o Caminhando entre Livros e o Blog Papel Papel, tanto pelo Instagram quanto pelo Blog mesmo.

E aí, gostaram? 

Beijos <3

Vida de escritor

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Hoje quando voltava para casa, encontrei um homem distribuindo uns folhetos. Ele me abordou e começou a falar que era um poeta e que estava distribuindo suas poesias, e pedia uma contribuição para continuar realizando seu trabalho. Me comovi e ajudei, claro, afinal, também tenho o sonho secreto de me tornar escritora (ops, não é mais segredo rs).
Isso me lembrou de quando fui pra Bienal do Livro no Rio de Janeiro esse ano. e lá haviam vários escritores distribuindo panfletos, marcadores e mimos e convidando as pessoas a conhecerem seu trabalho. Imagine, ficar horas e horas, tentando convencer as pessoas a darem uma chance a sua obra.
É possível ver nas redes sociais autores distribuindo brindes e mais brindes a quem comprar seus livros, mesmo que comprem nos grandes sites, é só avisar o autor que ele envia os brindes...
Gente, é uma trabalheira e gasto sem fim essa vida de escritor, hein? 
Nem todo mundo tem a sorte de conseguir um contrato com uma grande editora de primeira, e quando consegue, precisa pagar por uma porcentagem da tiragem, e ainda cuidar do marketing.
Não estou dizendo que é missão impossível, mas com certeza não é só ter talento e escrever, precisa se doar muito mesmo, a concorrência é ferrenha, principalmente nos tempos atuais, onde a disseminação da leitura aumentou exponencialmente (é mentira essa história de que brasileiro lê em média 4 livros por ano, é muito, muito mais), tanto que os eventos literários estão ficando mais concorridos que shows de bandas famosas, e os autores passam por uma maratona de divulgação digna de lançamentos dos maiores blockbusters do cinema. 
Mas o que eu tiro de bom dessas reflexões todas, é que realmente o brasileiro não desiste nunca. Em diversos lugares do mundo, as pessoas fazem o curso de literatura e tentam viver da escrita. Mas, aqui não, as pessoas fazem faculdade de outra área, trabalham por várias horas semanais, tudo para tentar realizar o sonho de um dia publicar um livrinho que seja, ou apenas distribuir sua poesia por aí, pela rua. Orgulho imenso dos nossos autores. Quem sabe um dia eu faço parte desse time?
<3


Redenção e o futuro

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

E aí galera, como estão?
Sumi uns dias por conta de uma viagem, mas já estou de volta!!!
Esse é um ano em que estou dando prioridade aos autores nacionais, principalmente da nova geração. Nessas minhas explorações, acabei fazendo parceria com o autor Marcelo A. Costa e li seu livro em versão digital, Redenção livro 1: Legionella.
A história se passa no futuro, séc XXVI e o mundo como o conhecemos hoje é bem diferente do descrito. Por um lado perdemos muito da natureza, por outro a humanidade alcança longevidade com qualidade e socialmente as grandes nações se mostram cooperativas e uma paz aparente reina no mundo. 
Mas, eis que em um momento de pura tranquilidade, tudo muda e o mundo cai em um estado de desolação intensa. Um patógeno modificado geneticamente está causando a morte de milhares de pessoas em pouco tempo e um grupo dos cientistas mais renomados e uma equipe investigativa, tentam encontrar a solução e os culpados.
Não é a primeira vez que vejo uma história que prevê um surto epidêmico que dizima milhares de pessoas em pouco tempo, mas é a primeira vez que vejo isso acontecer com um cenário político de fundo. Confesso que é uma perspectiva assustadora, visto que essa hipótese vira e mexe é levantada na mídia, e é algo plausível de acontecer. 
A narrativa leva um tempo para se tornar mais dinâmica, já que inicialmente Peter Brose, o narrador ,conta sua própria história até chegar ao momento em que ele é convocado para auxiliar na investigação. mas a partir de então os acontecimentos se sucedem de maneira rápida e intensa, e muitas surpresas aparecem ao longo da história (não vou dar spoiler, não vou dar spoiler, não vou dar spoiler!). Um prato cheio pra quem curte uma distopia futurista.



Sinopse: Século XXVI, um mundo mais justo, população mais unida. O ser humano vive em média 200 anos, os grandes medos e desafios da humanidade ficaram para trás... ledo engano. Caos, ódio e morte voltam a bater à porta da humanidade. No século XXVI, um grupo racista desenvolve uma superbactéria que mata seletivamente. Caberá a Peter Brose, político jovem, influente e bem intencionado, o desafio de salvar a humanidade de sua autodestruição. Entretanto, sua experiência de vida não o preparou para os fatos deploráveis que se seguirão. Legionella, primeiro livro da série Redenção, dá o pontapé inicial nesta trilogia de ficção científica com muita ação, suspense e imaginação. Da mesma forma que o mundo idealizado pelo autor tem a plausibilidade como principal característica, os personagens que nele habitam são únicos, e os caminhos que a obra segue são marcados pelo inesperado. Além de entreter, a obra de M.A. Costa leva o leitor a refletir sobre a essência humana e os caminhos que a humanidade insiste em seguir, apesar de sua privilegiada capacidade de evolução como espécie e de cada um de nós como indivíduo. Ambientado em uma época em que seres humanos vivem por 200 anos, Redenção, livro um - Legionella é um eletrizante thriller policial recheado de ação e muito suspense, ficção científica para quem tem nervos de aço.

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