Mail Box - Janeiro

domingo, 31 de janeiro de 2016

Oi gente linda!!!!
Com as boas vibrações do Ano Novo, novos livros chegaram aqui na nossa Mail Box, e pensei em dividir com vocês, mês a mês, o que aparece por aqui de parceria, projeto ou aquisição da compulsiva que vos fala XD

Os primeiros a chegarem foram Caminho da Liberdade de Slavomir Rawicz e Meus Amigos, Meus Amores de Marc Levy, que eu comprei na primeira semana de Janeiro. Havia prometido a mim mesma, que esse ano iria parar de comprar livros em lojas físicas, devido ao aumento estrondoso dos preços, mas passeando pelo Shopping Tucuruvi, olhei pela vitrine da Nobel e vi um cartaz enorme, indicando livros a um preço bem modesto. Qual não foi minha surpresa, a maioria dos títulos eram da Editora Record. Peguei esses dois, que super me interessaram <3



Na semana seguinte, recebi um e-mail do Submarino, avisando que Uma Pergunta Por Dia havia chegado - estava em falta desde antes do Natal na maioria das lojas - e quando abri a página, vi que estava em promoção e havia também sugestões de promoções baseadas em minhas buscas recentes, e vejam só, A Máquina de Contar Histórias e Surpreendente! do Maurício Gomyde estavam muito em conta, foi quase um presente rsrs. Eu estava em dúvida sobre qual livro dele comprava, já que tenho recebido muitas recomendações e ele próprio é uma simpatia de pessoa, sempre atencioso com os seguidores do Instagram - inclusive comigo :) - e resolvi levar os dois, já que ninguém me ajudou a escolher sobre por qual devia começar a viagem pelo mundo de sua escrita. E o melhor de tudo? Frete grátis!!! Tem como não amar o Submarino??<3



Em um dia particularmente tenso para mim, pois estava passando por uma fase estressante, fui abstrair a mente, andando pelas livrarias e acabei cedendo ao impulso e comprei As Crônicas de Nárnia, do mestre C. S. Lewis, que estava em promoção. Eu sei que pelos sites, sairia até mais barato do que eu paguei, mas estava tão chateada no dia, que só a aquisição de um livro que eu há muito quero e adio a compra, iria me acalmar. Mas, não foi o suficiente e eu tive que trazer o livro novo do John Boyne, Uma História de Solidão, que sei que vai me deixar naquela bad, mas não pude resistir, a Companhia das Letras arrasou na edição, e essa capa diz tudo né? De quebra, comprei o livro Corações em Fase Terminal da autora brasileira Fabiane Ribeiro, só porque a capa é linda, o título é lindo e o preço tava lindo <3



Na penúltima semana de Janeiro, tive uma linda surpresa com a chegada de um livro direto de Portugal, Em Busca das Borboletas de Margarida Pizarro, cortesia da nossa editora parceira Chiado, e fiquei encantada com o belo trabalho deles <3



Aí, quando eu achava que não teria mais nenhum acréscimo à estante, até porque não cabe mais nada, fui resolver uns assuntos burocráticos no Poupatempo, e passo por uma feira do livro... Daquelas onde tudo é baratinho, sabe... Voltei com 5 livros nas mãos, mas não me arrependo hahahahah. Todos novos e da Novo Conceito: O Menino dos Fantoches de Varsóvia de Eva Weaver, Vinte Garotos no Verão de Sarah Ockler, Tudo o que ela sempre quis de Barbara Freethy, Postais do Coração de Ella Griffin e A Pousada Rose Harbor de Debbie Macomber <3




O que acharam desses novos habitantes da minha estante? 
Pelo meu bem financeiro, espero me controlar mais em Fevereiro, mas também espero mais novidades de parceiros por aqui.
Beijinhos 
<3




A vida que poderia ser sua - Inverso, Karen Álvares

sábado, 30 de janeiro de 2016

Quando alguém que amamos se vai, é como se uma parte de nós morresse também. Tudo fica turvo e fora de eixo por um tempo indeterminado. Cada pessoa, lida com essa perda de uma maneira diferente, e cada um sente de uma maneira diferente. 
As consequências da perda, também variam de pessoa para pessoa. Para um marido ou esposa, é a(o) companheira(o) de vida e de luta que não está mais ali. Mas, para os filhos, é um de seus referenciais que não está mais presente, e na grande maioria dos casos, o(a) filho(a), tenta de alguma maneira suprir a falta do pai ou da mãe, substituindo-lhe as funções, assumindo para si as suas responsabilidades, numa tentativa de manter algum tipo de normalidade na sua nova vida.
É assim que começa a história de Megan em Inverso, uma adolescente que perdeu a mãe muito cedo e teve que assumir responsabilidades que não estava preparada para assumir, mas sem maturidade o suficiente para recusar-se a aceitá-las. Ela tenta cuidar de sua irmã mais nova e do pai, que trabalha bastante para conseguir sustentar-lhes. A única válvula de escape da garota é a amizade com Daniel, seu melhor e único amigo. 
Insatisfeita com sua vida do jeito como está, inclusive com a própria aparência, Megan se arrasta pelos dias, tentando manter algum tipo de rotina que satisfaça aqueles que estão ao seu redor, sem deixar transparecer a sombriedade e sentimento de injustiça que há dentro de si pela falta da mãe. 
Em um dia particularmente triste, em que precisa separar as coisas da mãe, Megan encontra algo que vai mudar sua vida radicalmente, mostrando a ela como sua vida poderia ser diferente, se houvesse uma dimensão em que tudo como conhecemos estivesse invertido, inclusive nós mesmos.
Em uma jornada perigosa, que pode custar sua sanidade e também aqueles a quem ama, Megan luta bravamente para retornar à vida que ela conhece, mesmo que não seja perfeita como ela gostaria.
Karen Álvares consegue com maestria nesse Young Adult, manter nossas respirações suspensas, em uma história à primeira vista inofensiva, mas que nos remete a nossos monstros internos, aqueles que tentamos a todo custo esconder de nós mesmos, mas que acabam em algum momento de nossas vidas nos alcançando. Apesar da pouca idade da personagem, qualquer um de nós poderia ser Megan, frágil, triste, insatisfeita, agressiva, corajosa, forte, feliz com as pequenas coisas da vida... Tudo depende de que "botão" é acionado em nosso interior e de quem aciona esse "botão". 
Segundo a autora, a continuação Reverso está prevista para esse ano.

Sinopse: Lá no fundo, Megan não quer ser quem é e nem viver essa vida triste, exatamente o inverso daquela que sempre sonhou para si. Tudo começa com a morte de sua mãe. A sensação terrível de que algo nunca mais vai ser como antes. E não será mesmo. O seu único alento é o carinho da irmã, que a vê como o que gostaria de ser quando crescer.
Mas há um novo mundo do outro lado dos espelhos. Um mundo igual ao seu, só que ao contrário. Um mundo perfeito onde as pessoas que morreram estão vivas e Megan é exatamente a garota que deveria ser.
Entrando nessa realidade pelo avesso, Megan começa uma perigosa busca por si mesma onde o reflexo de tudo que há de ruim tentará detê-la. Enquanto segue em frente ela deverá garantir a segurança das pessoas que mais ama.
Inverso é um romance cheio de suspense de Karen Alvares, autora de Alameda dos Pesadelos. Em um labirinto de escolhas sem poder sequer distinguir a própria imagem, Megan deverá lidar com a perda enquanto descobre quem é a garota que a encara no espelho.

Karen Álvares, Inverso. São Paulo: Draco, 2015



Whitesnake, Um Amor Profundo

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Quando eu tinha uns 13 anos, mais ou menos, encontrei na biblioteca da minha cidade um livro chamado Os Noturnos, de Flavia Muniz e o peguei emprestado para ler em casa. Pode ser estranho eu lembrar disso tanto tempo depois, mas a verdade é que nas páginas daquele livro encontrei algo que não esperava que fosse se integrar à minha vida de maneira tão forte. No início ou no fim de cada capítulo, não me recordo desse detalhe, tinha uns trechos de músicas, quase todas de rock melódico ou de hard rock, e entre esses trechos eu me deparei com o seguinte:

Is this love that I'm feeling 
(É amor isso que estou sentindo?)
Is this the love that I've been searching for
(Esse é o amor que eu estive procurando?)
Is this love or am I dreaming
(Isso é amor ou eu estou sonhando?)
This must be love
(Isso só pode ser amor)
'Cause it's really got a hold on me
(Pois isso realmente toma conta de mim)
A hold on me
(Toma conta de mim)
Is This Love?, Whitesnake - Whitesnake/1987 

Esses versos, simples e ao mesmo tempo tão doces me chamaram a atenção e eu procurei pela música a que pertenciam, e para minha surpresa ela era tão intensa, tão envolvente quanto a letra anunciava, e deixou uma impressão tão forte em mim, que o amor por essa banda dura há quase 2 décadas.
Hoje, 29 de Janeiro de 2016, o Whitesnake, banda britânica de hard rock, completa 38 anos. Seu vocalista, o showman com a voz grave mais conhecida e inconfundível do mundo, David Coverdale, fundou a banda após o término da banda Deep Purple, da qual fazia parte até 1976.
Com uma forte influência de soul e blues em suas melodias e letras, essa banda vem fazendo sucesso e sendo referência no meio musical desde o início, por suas peculiares baladas e explosivas canções com riffs mais pesados.

And here I go again on my own
(E aqui vou eu sozinho de novo)
Going down the only road I've ever known
(Descendo a única rua que eu conheci)
Like a drifter I was born to walk alone
(Como um barco eu nasci pra andar sozinho)
But I've made up my mind
(E eu mudei de ideia)
I ain't wasting no more time
(Não vou perder mais tempo)
Here I go again
(Aqui vou eu de novo)
Here I Go Again, Whitesnake - Saints & Sinners, 1982

Em 2011, depois de muitos anos sem vir ao Brasil, eles fizeram uma turnê mundial junto à banda Judas Priest, e divulgando o álbum Forevermore, e tive a chance de presenciar ao vivo toda a magnificência e competência musical da banda, que não usou de nenhum artifício ou enfeite no palco, eram eles e seu talento, deixando a todos emocionados e gratos pela oportunidade de vivenciar algo tão grandioso. 


Coverdale, domina o palco com sua voz potente e nos transporta a outro lugar, onde somente somos capazes de sentir, e os demais integrantes da banda fazem tal uso dos instrumentos que ficamos de boca aberta, quase que literalmente, admirando e absorvendo a melodia que flui de dentro de cada um deles, para os alto-faltantes da Arena Anhembi e nos atinge, provocando tal variedade de sensações, que mesmo depois de muito tempo ainda é possível sentir os ecos dessa experiência.


Ano passado, o Whitesnake gravou um álbum de estúdio, intitulado The Purple Album, em homenagem à banda que lançou David como astro do rock. Eu só espero com o mais profundo amor, que eu possa algum dia tornar a vê-los ao vivo e admirar a mágica que fazem e receber o amor pela música que emanam.


An' the deeper the love
(E quanto mais profundo o amor)
The stronger the emotion
(Mais forte a emoção)
An' the stronger the love
(E quanto mais forte o amor)
The deeper the devotion
(Mais profunda é a devoção)
The Deeper The Love, Whitesnake - Slip Of The Tongue, 1989

<3

Verão Literário - Tag *_*

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Oi gente linda!!! Como estão??? Passando rapidinho para responder a uma #tag fofa que a Larissa, uma das livreiras do Duas Livreiras criou e me convidou a participar. Vamos lá?





1. Sol: um livro que iluminou seu dia.
R: Uma Pergunta por Dia, de Potter Style. Ok, não é exatamente um livro, é um diário, mas é impossível olhar para ele e não sentir que o dia está iluminado <3

2. Sorvete: um livro meloso.
R: O Lado Feio do Amor, de Colleen Hoover. Minha opinião sobre esse livro é de que deveria ser menos, bem menos... Me julguem hahahaha.

3. Água de coco: um livro que nem todos gostam.
R: Comer, Rezar, Amar de Elizabeth Gilbert. Um dos melhores livros de memórias que já li. A sinceridade de Liz é gritante, e talvez mal vista por isso.

4. Praia: um livro com muitos personagens.
R: Qualquer um do Rick Riordan, especialmente a saga Os Heróis do Olimpo com seus milhares de narradores rsrsrs. Amo <3

5. Mar: um livro com um personagem que se você pudesse, você afogaria.
R: Mansfield Park, da Jane Austen, uma das leituras atuais e com certeza eu não vejo a hora da Sra Norris receber o que merece.

6. Areia: um livro desagradável.
R: A Fada, da Carolina Munhoz. Esse livro também se encaixa nas categorias Livro Meloso e Um Personagem que Você Afogaria. Acho que foi a protagonista mais chata de todos os tempos.

7. Viagem: um livro que você demorou para terminar.
R: A Tormenta, do Nicholas Sparks. Considerando que eu curto Nicholas, que eu leio super rápido e que o livro é pequeno, demorei muito para lê-lo e a culpa é da história, que não me ganhou.

8. Suor: um livro que te fez suar de tanto nervosismo.
R: A Cidade do Sol, de Khaled Hosseini. Maior ressaca literária da história ever!!! Não posso falar desse livro sem dar spoiler :X

9. Água: um livro essencial na sua vida.
R: Ahhhh, essa pergunta não é justa, vou ficar devendo.

10. Verão: um livro com partes boas e partes ruins.
R: na Chuva com Benjamin, de Flavia Dann. A história é linda, só achei que alguns acontecimentos foram muito rápidos, deixando a sensação de que era irreal, mesmo pra uma ficção.



Gostaram? Mudariam alguma resposta? Ou discordam de minha opinião em alguma delas? Quero saber!!!! 
Beijinhos <3

Poeta de Rua

domingo, 17 de janeiro de 2016

Oi pessoas!!! Que fazem de bom nesse domingo ensolarado? Eu estou aqui, fazendo homework hahaha. Aproveitando a pausa, quero falar com vocês sobre o David Costha. 


Há um tempo atrás comentei aqui no blog, que tinha sido interpelada a caminho do trabalho, por um Poeta de Rua, que me pediu uns trocados e em agradecimento me deu uma folha com algumas poesias. Acabei deixando essa folha dobrada no meio do meu caderninho de anotações e esqueci dele por um tempo, mas hoje cedo enquanto organizava minha mesa, encontrei-a e reli as poesias escritas ali... Aí bateu a curiosidade e fui pesquisar sobre esse Poeta de nome David Costha, que distribui palavras belas por São Paulo.



Não encontrei muitas informações sobre ele especificamente, sei que é natural de São Paulo e escreve há um tempo já, segundo suas próprias palavras em biografias e achei textos dele de 2006. Aparentemente ele é do tipo inquieto, não consegue permanecer com um projeto só por muito tempo hahaha típico de artistas né gente?
Mas o que mais me impressionou, foi um vídeo dele declamando poesia com ninguém mais, ninguém menos que Arnaldo Antunes - músico, compositor e poeta contemporâneo - momento ímpar na vida de qualquer pessoa <3


Mais uma vez, a história dele me faz refletir sobre a dificuldade de ser escritor atualmente, mas também na perseverança em tornar nossos sonhos em realidade. E quem quiser ver mais da arte desse Poeta, pode visitar o blog dele, ao menos esse foi o mais recente que encontrei: Poesias do David Costha.
E aí, temos algum poeta ou escritor na área? Se sim,vem conversar comigo a respeito, quero conhecer as obras de vocês <3
Quanto à blogueira que vos fala, já estou compartilhando um pouco do que tenho aqui dentro do peito com vocês e espero que continuem curtindo esse lado meu que ficou escondido por tanto tempo.
Beijos especiais <3

Os primeiros verões

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016


Dona Fernanda olha atentamente para o marido, Guilherme, que está sentado a seu lado em uma cadeira de vime, na varanda da casa onde vivem há mais de 40 anos. Observa seus cabelos acinzentados, mas ainda fartos, a testa altiva, as rugas ao redor dos seus olhos castanhos claros e nos cantos da boca que tenta conter um sorriso, como alguém que sabe que está sendo observado.
Por sua vez, Seu Guilherme aprecia o cheiro que emana de sua esposa, ainda tão doce e tão feminino, como na primeira vez em que o sentiu, mas permanece com os olhos na direção da praia, onde os netos estão brincando ali perto, permitindo que ela continue avaliando-o em silêncio. Sua doce Fernanda, que ainda mantém aquela aura delicada das jovens, e a beleza de quem só se aperfeiçoa com o tempo, com seus cabelos ruivos naturais com alguns fios mais claros agora, as delicadas sardas no nariz pequeno e levemente arrebitado e o brilho nos olhos verdes, que lhe lembram sempre ondas marítimas.
Hoje eles comemoram 40 anos de casados, e os filhos vieram com os netos e os cônjuges para celebrar a data com eles. Nesse momento, suas duas filhas estão na cozinha com a cunhada, preparando os pratos favoritos dos dois e sobremesas que são proibidas há tempos, devido aos problemas que vem com a idade, mas que em dias especiais como hoje, são liberados com moderação, e o filho está com os cunhados preparando a churrasqueira, para que os jovens e as crianças possam apreciar algo que agrade mais o seu paladar. Os netos, 3 meninas e 2 meninos, com idade entre 7 e 3 anos, são muito unidos e brincam juntos, criando castelos para as histórias de princesas que as garotas contam com entusiasmo, transformando cada um deles em um personagem primordial para cada aventura.
Observando tudo isso, é impossível que ambos não se recordem dos primeiros verões, de quando se conheceram, e essas doces lembranças invadem os pensamentos de cada um, como se houvessem combinado previamente, mas na verdade sem fazer ideia de que seus pensamentos seguem a mesma direção, prática que se tornou comum depois de tanto tempo.

Fernanda

- Atchimmmmm!!!!!! – o alívio após o espirro é rápido, pois em seguida sou acometida por outros, até que fica difícil respirar e eu solto um arquejo alto.
Minha mãe me olha com preocupação e faz um sinal com a cabeça para que eu saia da loja, e respire um pouco de ar fresco. Eu obedeço imediatamente, pois sei que só vai piorar. É assim, todo verão eu quase morro por causa da alergia que me acompanha desde criança. Por ironia do destino, meu maior problema é com flores, e adivinhem? A Papelaria Meu Pedaço de Papel que pertence a minha família há séculos, fica do lado de uma floricultura. E é claro, que todo mundo que compra flores lá, passa aqui para preparar um embrulho. Isso foi um acordo de cavalheiros entre meu avô e o seu Mathias, dono da Floricultura Cheiro de Flor, há tipo, uns 500 anos atrás, e nossas famílias mantiveram o acordo depois que eles se aposentaram e legaram os negócios aos filhos. E, eu não tive escolha, se não trabalhar com minha mãe na Papelaria, já que ainda falta um ano para eu me formar no colegial e ir pra faculdade.
Atravesso a rua em direção à Farmácia do seu Oswaldo, em busca de algum fármaco que me traga alívio. Os funcionários já estão acostumados comigo e com meus surtos alérgicos. Acho que sou sua maior fonte de renda hahaha. Tenho a péssima tendência a pensamentos sarcásticos quando estou doente, ignorem.
Ao entrar na Farmácia, dou um leve cumprimento de cabeça aos balconistas e pergunto pelo seu Oswaldo. Eles me informam que seu Oswaldo está na outra filial, que acabou de abrir no Centro da cidade, mas que tem um farmacêutico novo que pode me atender. Eu tento esconder meu desapontamento, pois seu Oswaldo já conhece meu histórico, sabe do que eu preciso, e não tenho disposição para contar toda a minha vida alérgica novamente, é por esse motivo que venho aqui e não ao Pronto Socorro, onde cada dia tem um médico diferente, e apenas balanço a cabeça concordando, enquanto sinto mais espirros chegando. 
Após uma série de espirros curtos, minha visão clareia um pouco entre as lágrimas que surgiram dos meus olhos inchados e consigo enxergar um jovem moreno à minha frente, usando um jaleco branco. E juro, nunca vi um farmacêutico tão gato. Minha boca se mantém aberta e não é porque estou com falta de ar. Ou melhor é sim, mas agora minha respiração está difícil por motivos bem diferentes da minha alergia, se você me entende.
Quando ele ergue uma sobrancelha, percebo que estou bancando a boba e engulo em seco, antes de começar a contar minha linda história alérgica para ele. Ai, sarcasmo sai de mim por favor!!!
Depois de uma inalação e com meus remédios em mãos, sigo para a Papelaria respirando aliviada, enxergando normalmente e com um sorriso nos lábios que se mantêm durante todo o dia, como se eu tivesse colocado um cabide na boca.

Guilherme 

Durante 3 verões eu observei a bela ruiva da Papelaria entrar aflita na Farmácia, por diversas vezes passando mal com crise alérgica. E todas as vezes eu larguei o que quer que estivesse fazendo para atende-la. Desde a primeira vez que a vi, ela se tornou minha prioridade, mesmo que não saiba disso até agora. 
Na primeira vez em que a vi, eu estava muito ansioso, era meu primeiro dia na Farmácia e eu um recém-formado, sem experiência, mas o seu Oswaldo me deu uma oportunidade, em nome da amizade dele com o meu pai. Eu estava olhando o estoque para conhecer os medicamentos disponíveis quando fui chamado por uma balconista que me olhava de um jeito que me deixava sem graça. Lavei as mãos e segui para a parte da frente da Farmácia para atender a cliente, quando ouço diversos espirros seguidos e vejo à minha frente uma jovem de cabelos avermelhados com olhos, nariz e lábios inchados e quase tão vermelhos quanto seus cabelos, mas por incrível que pareça o que eu realmente notei em meio a tudo isso, foram suas sardas em seu nariz delicado, que se destacaram por conta da vermelhidão da pele. 
Ela me encarou de boca aberta por um tempo, sem responder à minha pergunta clássica: “ em que posso ajuda-la?”, e comecei a ficar com medo dela ter uma parada respiratória ali no meio da Farmácia, mas vejo-a se recompor e devagar, com a voz rouca, me conta que é alérgica à flores desde criança e que não consegue escapar delas por causa da Floricultura ao lado da Papelaria, nem do seu namorado que insiste em lhe dar flores de presente nas datas especiais. Quando ela menciona um namorado, eu tento manter minha expressão neutra, mas sinto um certo desapontamento me atingir devagar. Depois de leva-la para a sala de inalação, separo as medicações que ela precisa e a vejo ir embora com um sorriso misterioso nos lábios, que já não estão mais inchados.
Depois disso, toda vez que passava mal, ela vinha até aqui, e confesso que a frequência era um pouco assustadora, mas conforme fomos nos conhecendo melhor, soube de sua resistência em ir ao Pronto Socorro, quando ela me explicou que já estava acostumada a vir à Farmácia que também era mais próxima. 
Ao longo do tempo fui conhecendo a jovem ruiva que sonhava em se tornar arquiteta, viajar ao redor do mundo olhando todos os monumentos e construções históricas, ter um Labrador e uma moto cor de rosa. Infelizmente ela não passou no vestibular e depois que sua mãe sofreu um AVC, ela teve que assumir a Papelaria da família, viajando somente nos feriados, para lugares próximos, e nunca poderia ter um cachorro ou outro animal de pelos, devido à sua alergia. 
Mas, mesmo abrindo mão dos seus sonhos, percebia-se que ela era feliz, cuidando da mãe e dos negócios com maestria. Ela parecia conformada com sua vida, mesmo seu horizonte tendo sido limitado. A melhor notícia, era que já havia um tempo que estava solteira. Bom, eu não disse que era uma boa notícia para ela.
Desde que soube disso, tenho enviado para ela toda semana, um buquê de flores alteradas geneticamente, de forma que não liberam pólen, evitando que ela tenha uma crise alérgica, mas sem revelar que sou eu o autor do presente. Eu sempre agendo a entrega durante meu horário de almoço, de maneira que consigo observar do Café ao lado da Farmácia, quando ela recebe as flores.
Na primeira vez, quando saiu à porta da Papelaria para atender ao entregador, ela fez uma expressão de horror tão intensa que fiquei com medo de ter pisado na bola, mas depois de uma breve conversa com o entregador, ela pegou o buquê segurando-o bem longe de si e entrou na Papelaria. Como não vi o buquê no lixo, tomei isso como um incentivo e continuei enviando buquês toda semana, e vi com prazer, ela começar a receber com alegria. 
Hoje enviei o último buquê, com um cartão pedindo que me encontre no Café, após receber as flores, e estou aguardando ansiosamente sua decisão. O nervosismo é tão grande que não tenho coragem de ficar na janela olhando dessa vez, por isso escolhi uma mesa mais escondida, no fundo. No cartão disse que ela me identificaria pela flor na mesa, igual às flores do buquê que vai receber. Meu coração bate acelerado, minha garganta fica seca e meu pé esquerdo não consegue parar de balançar devido ao nervosismo. Ouço o sino da porta soar com a entrada de alguém. Crio coragem e lentamente levanto meus olhos na direção da porta, e solto um suspiro de alívio ao ver Fernanda, minha linda ruiva parada ali me observando com o mesmo sorriso misterioso do dia em que nos conhecemos.
Devagar, ela se aproxima da mesa, ainda sorrindo como se soubesse um segredo que mais ninguém conhece e sei com uma certeza que me impressiona, que esse é apenas o primeiro dia do resto de nossas vidas.

Novidades!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Eita que 2016 já começou cheio de assunto!!! Rsrs.
Hoje quero compartilhar com vocês uma notícia maravilhosa que recebi logo cedo: A Menina que Não Para de Ler agora é parceira da Chiado Editora, especializada na publicação de autores portugueses e brasileiros contemporâneos, sendo neste momento a maior editora em Portugal neste segmento, e uma das editoras em maior crescimento no Brasil. Em pouco mais de sete anos de existência, a Chiado Editora revolucionou o mercado do livro em língua portuguesa, editando mais de 1000 novos títulos por ano! Em virtude dos métodos inovadores de produção e distribuição que desenvolveram, todos os livros publicados pela Chiado Editora estão, a todo o momento, disponíveis para todos os Leitores, nas maiores redes livreiras de Portugal e do Brasil.
A política editorial seguida pela Chiado Editora visa democratizar o mundo editorial, gerando as melhores oportunidades para os Autores, e oferecendo aos Leitores excelentes obras, de variadíssimos gêneros, a um preço justo e sem preconceitos.
Dado o sucesso conquistado em Portugal e no Brasil, a Chiado Editora expandiu o seu trabalho para vários países, em várias línguas diferentes. Podemos ver as obras publicadas pelas divisões internacionais através dos seus websites. A Chiado Editora publica igualmente na Alemanha, Bélgica, Espanha e América Latina, Estados Unidos da América, França, Luxemburgo, Irlanda e Reino Unido.
A principal missão dessa Editora tão singular, é que seus livros façam parte de nossas vidas <3


Convido todos a visitarem o site da Editora e conhecer mais desse trabalho tão diferenciado. E logo vai ter post mostrando alguns títulos que encontramos por lá.
Beijinhos <3

Adaptações literárias: comparar com os livros ou não???

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Oi galera linda!!! Demorei um pouco a me decidir a escrever esse post, porque sei que o assunto é polêmico. Mas, como causar polêmica é uma das minhas metas para 2016, vamos falar sobre adaptações literárias. 
Não, não quero fazer propaganda dos filmes que serão lançados esse ano, quero falar sobre o hábito (terrível em minha opinião rs) de se compararem as obras cinematográficas às obras literárias.
Acredito que faço parte da minoria que prefere analisar as duas obras separadamente, e isso ocorre há muito tempo já, desde que trabalhei em videolocadora e quis estudar cinema. E não é porque eu quero ser "a diferentona", mas simplesmente porque vejo os dois seguimentos como individuais e com suas particularidades.
E confesso que me cansa ver tanta gente nas redes sociais, frustradas porque os filmes não ficaram iguais aos livros, ou dizendo que os livros são melhores que os filmes, deixando de apreciar se a história foi bem contada, se os atores atuaram de forma a nos envolver no clima do filme, se o diretor teve o cuidado em não deixar passar erros de continuidade, se a fotografia foi bem trabalhada, se a trilha sonora se encaixa no enredo... Detalhes que fazem um grande filme, independente dele ser baseado/inspirado em um livro ou não.
Claro que quando a gente lê um livro, imagina os personagens, os cenários e as situações, mas a visão do leitor é individual. Cada um absorve a leitura de uma maneira diferente e interpreta de forma particular. E claro, que os roteiristas e diretores também tem sua própria visão do enredo, que podem diferir da visão dos demais, projetando nas telas, algo diferente do que nós esperamos.
Um filme que passou recentemente por esse impasse, foi 50 Tons de Cinza. Não li os livros e confesso que não pretendo, e isso porque os trechos que li circulando por aí, não me agradaram, não curti a maneira como a E. L. James escreve (me julguem rs). Mas, fui assistir ao filme, e para minha surpresa eu gostei. Não foi vulgar, e mostrou um lado diferente sobre empoderamento feminino. No dia seguinte, procurei algumas reportagens sobre o filme e li uma entrevista da diretora Sam Taylor-Johnson (infelizmente não consegui encontrar o link pra postar aqui, sorry), em que ela dizia que seu objetivo era justamente mostrar algo a mais sobre esse tema tão difícil de lidar. Qual não foi a minha surpresa, me deparei com uma entrevista da autora, onde ela afirmava não ter ficado contente com o resultado, pois seu objetivo era mais simplório (não vou repetir as palavras dela aqui, porque realmente achei-as absurdas) e devido a isso a diretora foi afastada do projeto. Uma pena, acho que a franquia podia ser bem sucedida, não só porque a legião de fãs vai honrar seu papel indo assistir, mas porque a crítica poderia ser muito positiva a respeito dos filmes.
Claro, que há aquelas adaptações absurdamente ruins, mas não porque não foram fiéis ao livro, mas porque realmente foram mal feitas. Um exemplo recente, é a saga Percy Jackson e os Olimpianos. Mesmo que tivessem sido fiéis aos livros, acredito que não teriam sido bem sucedidos.
Por outro lado, temos obras de arte como a trilogia O Senhor dos Anéis, que foi tão bem produzida e executada que as pessoas nem se lembraram de criticar o fato de que há partes dos livros que não estavam presentes nos filmes. Ou mesmo a trilogia O Hobbit, que foi muito mais fiel ao livro original que a trilogia que conta a sequência da história da Terra Média e não obteve o mesmo sucesso de bilheteria.
Eu respeito o fato de que as pessoas esperam que os filmes sejam tão fiéis aos livros quanto possível, mas espero que não menosprezem um filme se o roteirista e diretor não seguir à risca o que foi idealizado pelo autor. Eles podem realmente nos levar além e nos mostrar uma vertente que não captamos ao ler o enredo original ou simplesmente usar o livro como inspiração para sua própria ideia. 
Com tantas adaptações chegando às telas esse ano, que possamos apreciar devidamente o trabalho cinematográfico e sem tanta cobrança à fidelidade literal com o que lemos no papel.
Beijinhos <3




O que eu sinto quando ouço Tiê

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Oi galera, como estão????
Nossa, que início de ano corrido, achei que só conseguiria vir aqui falar com vocês no fim de semana, mas estava com saudades, então decidi fazer um post diferente, vamos falar de música!!!
Na minha playlist atual tem algumas músicas da cantora Tiê, cantora e compositora paulista, que começou a investir na música em 2007, mas só em 2009 conseguiu lançar seu primeiro álbum Sweet Jardim, mas apesar de sua carreira de destaque, somente ano passado é que ela realmente despontou com a canção "A Noite", que fez parte da trilha sonora de uma novela.
Suas letras são meigas e nos remetem a um tempo mais inocente, onde a simplicidade de sentimentos nos traz boas recordações.
O que me chama atenção em suas letras, é o fato de que elas contam uma história, e muitas delas são autobiográficas, a própria Tiê já admitiu isso.
Vamos conferir minhas favoritas?

- A Noite - Álbum Esmeraldas, 2014, Warner Music Brasil.
Essa música é apaixonante, apesar de triste, e me inspirou algumas cenas perfeitas para um livro.



- Piscar o Olho - Álbum A Coruja e o Coração, 2011, Warner Music Brasil.
Esse enredo eu conheço bem, aconteceu comigo 0_0





- Assinado eu - Álbum Sweet Jardim, 2009, Warner Music Brasil.
Essa letra daria um bom enredo para um livro ;)





- Chá Verde - Álbum Sweet Jardim, 2009, Warner Music Brasil.
Essa também daria um belo romance ;)





- Se Enamora - regravação da original da Turma do Balão Mágico.
Prestem atenção nessa fofura *_* Balão Mágico que me perdoe, mas ficou mais bonitinha que a original:D


E então, o que rola na playlist de vocês? E da Tiê, tem alguma preferida???
Beijinhos <3


Desafios Literários

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

E aqui estou novamente, para falar de livros. 
Vi um monte de posts em Blogs e Instagrans falando sobre Metas Literárias. Eu não curto muito isso de estabelecer meta, até porque eu trabalho e preciso administrar meu tempo para conseguir dar conta da minha vida, e ainda ter tempo para leitura e redes sociais (que cá entre nós, estou eliminando aos poucos até ficar somente com o blog, mas isso é segredo!!!). 
Ano passado, usando a The Book Jar, consegui ler 73 livros, alguns até repeti a leitura, mas acabei deixando outras coisas de lado, e esse ano quero administrar melhor como serão minhas leituras. Por isso, dei uma olhada em alguns desafios propostos e o que mais me agradou foi o da página do Facebook Devolva meu livro, por favor? que vi no Blog da Hida, (sugiro que deem uma conferida,  pois ela fala sobre essa página e como o Desafio surgiu), pois ele é maleável e nos deixa escolher à vontade o livro que queremos para se encaixar em cada desafio. São 24 mais um de bônus, e você pode fazer como quiser, na ordem que quiser, até mesmo ampliando os temas, até o fim do ano. 
E não impede que você participe de outros desafios também, caso você seja um leitor compulsivo e com bastante tempo livre para a leitura (ai, saudades dos meus 15 anos rsrsrs).


E aí, gostaram? Estão participando de algum Desafio diferente? Deixa o link pra eu dar uma olhada ;)
Beijinhos.

2016


*Faça um pedido e coloque no seu coração o que você quiser, tudo o que quiser. Você fez? Que bom! Agora acredite que pode se tornar realidade, pois nunca se sabe de onde o próximo milagre vai vir, o próximo sorriso, o próximo desejo tornado realidade. Mas, se você acreditar que está bem ali na esquina e abrir seu coração e mente para essa possibilidade, para essa certeza, você vai acabar conseguindo aquilo que deseja. O mundo é cheio de mágica e você apenas precisa acreditar nela.
Então faça seu pedido! Você fez? Que bom! Agora acredite!*
One Tree Hill 5ª Temporada, Episódio 13

"Regiane, você vai começar o ano com post fofinho e meloso????" Não exatamente hahahaha
Na verdade quero falar um pouco a respeito de expectativas. É inevitável não sermos atingidos por elas. Ou somos vítimas das expectativas alheias ou somos movidos por nossas expectativas em relação aos outros e à vida. Não acho que seja de todo ruim ser alvo dessas situações, mas acredito em equilíbrio, em moderação, em limites. 
A passagem de um ano para o outro é um ritual do qual não conseguimos escapar. Por mais que saibamos que talvez nada de diferente ocorra somente porque o calendário mudou, não conseguimos frear nossas expectativas diante de um ano novinho, inteirinho, esperando para que o moldemos. E a questão está aí, nós é que temos que trabalhar para que algo aconteça, e não ficar esperando que miraculosamente as coisas mudem. 
Claro que devemos deixar algumas coisas por conta do acaso, mas aquilo que podemos controlar, cabe a nós arregaçar as mangas e fazermos acontecer. Um exemplo típico disso, é quando uma pessoa espera adquirir algum bem, mas não faz nenhum tipo de planejamento ou economia. 
Mas nem tudo está ao alcance do nosso controle, às vezes aquilo que mais queremos depende de outras pessoas, e é preciso cuidado aqui. Uma expectativa frustrada mal absorvida, pode destruir relacionamentos, sejam eles de que origem for.
Não ter expectativas também pode ser um problema se você não for daquelas pessoas que gostam muito de serem surpreendidas, porque gera uma certa alienação emocional, levando a uma indiferença que pode machucar aqueles que estão ao seu redor, mesmo que involuntariamente.
Acho que o cerne de toda a questão da expectativa, é que para que ela continue sendo uma fonte de impulso e motivação, ela deve ser equilibrada. E que nós possamos tomar cuidado para não sufocar os outros com nossas altas expectativas, nem nos deixar aprisionar pelas expectativas alheias. E no meio disso tudo, é importante acreditar que existe sim magia no mundo e que nossos desejos podem sim, serem realizados, seja por obra do acaso, seja por nossas próprias mãos.

Feliz 2016!!!!
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