Roteiros Adaptados - Oscar 2016

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Oi pessoas, como estão?
Há um tempo atrás teve um debate aqui no blog sobre Adaptações Literárias (leia aqui), e por mais que eu não seja do tipo que fica comparando uma arte à outra, aprecio quando os livros inspiram obras no cinema.
Com a chegada da festa do Oscar, maior prêmio da indústria cinematográfica, no próximo domingo dia 28, podemos ver que cada vez mais as adaptações ganham espaço e notoriedade, dado o alto número de indicações.

Sobre o prêmio de Roteiro Adaptado, temos cinco indicados, dentre os quais Perdido em Marte é de longe o mais familiar ao público, pois já era conhecido antes de Matt Damon aparecer nas imagens promocionais do filme. Dirigido pelo maravilhoso Ridley Scott, o filme conta a história do astronauta Mark Watney (Matt Damon), que é enviado a uma missão em Marte. Após uma severa tempestade ele é dado como morto, abandonado pelos colegas e acorda sozinho no misterioso planeta com escassos suprimentos, sem saber como reencontrar os companheiros ou retornar à Terra.
O autor dessa jornada, Andy Weir, publicou seu livro pela primeira vez no próprio site/blog despretensiosamente. Até que, seus seguidores lhe pediram para que colocasse em uma plataforma para download. Aqui no Brasil, Perdido em Marte foi editado e distribuído pela Arqueiro.

Sinopse: Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho.
Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente. 
Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate.
Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico – e um senso de humor inabalável –, ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência. Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá.
Com um forte embasamento científico real e moderno, Perdido em Marte é um suspense memorável e divertido, impulsionado por uma trama que não para de surpreender o leitor.

Outro indicado que tem causado certo furor na mídia, é A Grande Aposta, talvez mais por seu elenco estelar do que pelo assunto em si, já que o mercado imobiliário americano não é algo de tanto interesse aos expectadores. Mas, um filme que conta com Christian Bale, Brad Pitt e Ryan Gosling, com certeza vai chamar a atenção. Dirigido por Adam McKay, veterano da comédia hollywoodiana, o filme conta a história de Michael Burry (Christian Bale), dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso. A grande sacada do filme, talvez seja o fato de que o diretor retrata a realidade fazendo uso do deboche e da crítica ao american way life, com muita habilidade segundo a crítica especializada, e contando com o grande talento para personagens complexos que Bale, Gosling e Pitt estão acostumados a fazer. O filme foi inspirado pelo livro A Jogada do Século, do jornalista e escritor Michael Lewis, lançado aqui no Brasil em 2011 pelo selo Best Business, do Grupo Editorial Record.


Sinopse: Em A jogada do século, Michael Lewis, considerado um dos principais escritores de economia da atualidade, constrói uma crônica muito bem articulada sobre como o colapso financeiro de 2008 se desenrolou, passo a passo, além de revelar os principais personagens de Wall Street envolvidos na crise, tudo permeado de um humor ácido e uma narrativa instigante.








De todos os indicados, acredito que Brooklyn seja o menos conhecido do público, e provavelmente o de enredo mais simples também. Brooklyn é um drama anglo-canadense-irlandês de 2015 dirigido por John Crowley e escrito por Nick Hornby, baseado no livro homônimo de Colm Tóibín, onde a jovem irlandesa Ellis Lacey (Saoirse Ronan) se muda de sua terra natal e vai morar em Brooklyn para tentar realizar seus sonhos. No início de sua jornada nos Estados Unidos, ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando se ajustar aos poucos até que conhece e se apaixona por Tony (Emory Cohen), um bombeiro italiano. Logo, ela se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o dever. No Brasil, Brooklyn foi lançado pela Companhia das Letras em 2011.


Sinopse: No início dos anos 1950, a Irlanda não oferece futuro para jovens como Eilis Lacey. Sem encontrar emprego, ela vive na pequena Enniscorthy com a mãe viúva e a irmã Rose. Mas eis que o padre Flood lhe faz uma oferta de trabalho e moradia no Brooklyn, Estados Unidos. De início apavorada com a ideia de sair do ninho familiar, ela acaba partindo rumo à América.
Triste e solitária em seu novo mundo, a tímida Eilis acaba por estabelecer uma rotina de trabalho diurno e estudo noturno na faculdade de contabilidade. No baile semanal da paróquia, conhece um jovem de origem italiana que aos poucos entra em sua vida. Mas quando começa a se sentir mais livre e segura, Eilis é obrigada a voltar, por algumas semanas, para Enniscorthy. E ali ela se vê, mais uma vez, diante de uma escolha muito difícil.
Sem nunca fazer de Eilis uma heroína clássica, Colm Tóibín trama uma delicada teia de sentimentos ocultos, de aceitação do destino e de sonhos abandonados que deixará o leitor preso à história muito tempo depois de terminar o livro.

Que Cate Blanchett gosta de um personagem bem construído não é segredo para ninguém que acompanha sua carreira, e em Carol não é diferente. Situado na década de 50 (que parece ser a época preferida do diretor Todd Haynes para ambientar suas histórias), onde as aparências e a privacidade eram de extrema importância na sociedade (diferente de hoje, onde tudo, mesmo que não seja de interesse público é jogado aos quatro ventos), Carol relata a história de duas mulheres diferentes e as peculiaridades que uniram seus destinos. A jovem Therese Belivet (Rooney Mara) tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos. Essa viagem vai levar as duas a descobrirem muito sobre o amor, renúncias, amizade, família e principalmente: que tipo de mulher cada uma quer ser. Escrito na década de 50, Carol de Patrícia Highsmith, é distribuído no Brasil pela L&PM.


Sinopse: Um thriller sobre o amor proibido entre duas mulheres
Therese Belivet vê Carol Aird pela primeira vez em uma loja de departamentos de Nova York, onde trabalha como vendedora. Carol está escolhendo um presente de Natal para a filha e resplandece numa aura de perfeita elegância. Observando-a do balcão, Therese está inteiramente despreparada para o choque de uma epifania erótica e para um amor que será imediatamente condenado por todos. Pois a vida de dona de casa suburbana de Carol é tão imbecilizante quanto o emprego de Therese, e ambas partem para uma jornada sem volta.





De tão chocante que é a história do pequeno Jack e sua mãe, fica até difícil acreditar que a escritora Emma Donoghue, autora do livro Quarto, no qual o filme é baseado, se inspirou em um caso real. Quando começou o processo para essa adaptação, o diretor Lenny Abrahamson tinha pela frente um projeto tido por muitos como “inadaptável”: traduzir em imagens as palavras que compõem o romance escrito por Emma. Mas, ele conseguiu e com certeza O Quarto de Jack é um filme ao mesmo tempo belo e aterrador. O quarto é tudo que Jack (Jacob Tremblay), que acabou de completar 5 anos, conhece como seu mundo. As paredes, a cama, cada pedacinho de mobília... É o espaço que ele divide com sua mãe, Joy (Brie Larson), é até onde vai seu limite do que é viver, comer, brincar, ser amado. Mas, Joy e Jack são, na verdade, prisioneiros, confinados ao pequeno espaço, uma cabana que tem em sua clarabóia o único vislumbre de um mundo exterior. Mas o menino não tem essa noção. Ele nasceu e cresceu ali, onde sua mãe vive há sete anos o horror de ter sido sequestrada e constantemente violentada por seu captor, Nick (Sean Bridgers). E a ilusão de que o quarto e tudo nele são "reais", enquanto todo o resto só existe na TV, é a solução que Joy encontra para manter Jack longe da realidade. Até agora. No Brasil, Quarto é distribuído pela Best Seller, selo do Grupo Editorial Record.


Sinopse: Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.
O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é suficiente, para nenhum dos dois. Então, ela elabora um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, é como está despreparada para fazer o plano funcionar.

Conta pra mim, qual o seu favorito? 
Beijo, beijo 
<3

6 comentários:

  1. É, acho que passei os últimos meses lendo e assistindo uns youtubes de rock mesmo, porque só assisti Star Wars e o Regresso ultimamente rsrs #adesavisada :D

    Gente, adorei esse Brooklyn, Nick Hornby é amor!! <3 Vou ver se consigo assistir...

    Bjssssss,
    Reb

    http://blogpapelpapel.blogspot.com

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    1. Pois é Reb, você não é a única rsrs mas fazendo a pesquisa pro post, fiquei super interessada nesses aqui, já que também estão disponíveis em livros <3
      Beijos!!!

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  2. Eu tenho muita vontade de me especializar em jornalismo cultural só para me aprofundar mais em literatura e cinema. São áreas que me fascinam. Quero ver se faço a pós em 2017. Parabéns pelo post. Vai mudar a carinha do seu blog? Ele está em transição?

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    Respostas
    1. Oi Hida!!! Nossa, que super hein! Se eu fosse da área, provavelmente seguiria esse caminho também, dada minha paixão por cinema e literatura. E sim, meu blog está em transição, mais por falta de aptidão da minha parte em manter templates salvos do que por vontade mesmo de mudar rsrs.
      Beijo, beijo <3

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  3. Quero muito assistir Quarto.Parece um tema tão interessante <3

    Beijão :)
    http://carolhermanas.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Também estou super curiosa a respeito desse filme Carol <3
      Beijo, beijo.

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Que prazer ter você aqui!!! Obrigada pela visita, se gostou do texto acima, me deixe um recadinho e o link do seu blog, será um prazer visitá-lo!!!

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