Adaptações literárias: comparar com os livros ou não???

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Oi galera linda!!! Demorei um pouco a me decidir a escrever esse post, porque sei que o assunto é polêmico. Mas, como causar polêmica é uma das minhas metas para 2016, vamos falar sobre adaptações literárias. 
Não, não quero fazer propaganda dos filmes que serão lançados esse ano, quero falar sobre o hábito (terrível em minha opinião rs) de se compararem as obras cinematográficas às obras literárias.
Acredito que faço parte da minoria que prefere analisar as duas obras separadamente, e isso ocorre há muito tempo já, desde que trabalhei em videolocadora e quis estudar cinema. E não é porque eu quero ser "a diferentona", mas simplesmente porque vejo os dois seguimentos como individuais e com suas particularidades.
E confesso que me cansa ver tanta gente nas redes sociais, frustradas porque os filmes não ficaram iguais aos livros, ou dizendo que os livros são melhores que os filmes, deixando de apreciar se a história foi bem contada, se os atores atuaram de forma a nos envolver no clima do filme, se o diretor teve o cuidado em não deixar passar erros de continuidade, se a fotografia foi bem trabalhada, se a trilha sonora se encaixa no enredo... Detalhes que fazem um grande filme, independente dele ser baseado/inspirado em um livro ou não.
Claro que quando a gente lê um livro, imagina os personagens, os cenários e as situações, mas a visão do leitor é individual. Cada um absorve a leitura de uma maneira diferente e interpreta de forma particular. E claro, que os roteiristas e diretores também tem sua própria visão do enredo, que podem diferir da visão dos demais, projetando nas telas, algo diferente do que nós esperamos.
Um filme que passou recentemente por esse impasse, foi 50 Tons de Cinza. Não li os livros e confesso que não pretendo, e isso porque os trechos que li circulando por aí, não me agradaram, não curti a maneira como a E. L. James escreve (me julguem rs). Mas, fui assistir ao filme, e para minha surpresa eu gostei. Não foi vulgar, e mostrou um lado diferente sobre empoderamento feminino. No dia seguinte, procurei algumas reportagens sobre o filme e li uma entrevista da diretora Sam Taylor-Johnson (infelizmente não consegui encontrar o link pra postar aqui, sorry), em que ela dizia que seu objetivo era justamente mostrar algo a mais sobre esse tema tão difícil de lidar. Qual não foi a minha surpresa, me deparei com uma entrevista da autora, onde ela afirmava não ter ficado contente com o resultado, pois seu objetivo era mais simplório (não vou repetir as palavras dela aqui, porque realmente achei-as absurdas) e devido a isso a diretora foi afastada do projeto. Uma pena, acho que a franquia podia ser bem sucedida, não só porque a legião de fãs vai honrar seu papel indo assistir, mas porque a crítica poderia ser muito positiva a respeito dos filmes.
Claro, que há aquelas adaptações absurdamente ruins, mas não porque não foram fiéis ao livro, mas porque realmente foram mal feitas. Um exemplo recente, é a saga Percy Jackson e os Olimpianos. Mesmo que tivessem sido fiéis aos livros, acredito que não teriam sido bem sucedidos.
Por outro lado, temos obras de arte como a trilogia O Senhor dos Anéis, que foi tão bem produzida e executada que as pessoas nem se lembraram de criticar o fato de que há partes dos livros que não estavam presentes nos filmes. Ou mesmo a trilogia O Hobbit, que foi muito mais fiel ao livro original que a trilogia que conta a sequência da história da Terra Média e não obteve o mesmo sucesso de bilheteria.
Eu respeito o fato de que as pessoas esperam que os filmes sejam tão fiéis aos livros quanto possível, mas espero que não menosprezem um filme se o roteirista e diretor não seguir à risca o que foi idealizado pelo autor. Eles podem realmente nos levar além e nos mostrar uma vertente que não captamos ao ler o enredo original ou simplesmente usar o livro como inspiração para sua própria ideia. 
Com tantas adaptações chegando às telas esse ano, que possamos apreciar devidamente o trabalho cinematográfico e sem tanta cobrança à fidelidade literal com o que lemos no papel.
Beijinhos <3




16 comentários:

  1. Oi, Regiane! Tudo bem? Assim como você, também acho que as duas coisas não devem ser comparadas. Cada obra é feita para acompanhar o seu tipo de mídia. Não porque comparar dois tipos distintos de contar uma história.
    Belo texto :)

    www.blogdahida.com

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    1. Oi flor, tudo bem e você? Obrigada pela visita e que bom que não estou sozinha nessa rsrs.
      Beijooooo

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  2. É muito complicado esse assunto, mas concordo com você que não tem muito como ficar comparando, já que são duas formas bem diferentes de contar uma história.
    Eu particularmente não ligo para alterações no enredo desde que seja para melhor (não adianta mudar a história se for para piorar), um grande exemplo é 'O Diabo Veste Prada' que tem o livro mais diferente do filme que eu já vi até hoje (mais diferente até do que o primeiro filme de PJO), mas por mais que o livro eu prefiro a história com todas as alterações do filme.
    E falando de adaptações literárias não tem como não falar das adaptações do David Fincher, que são lindas, o modo como ele consegue contar a história, trazendo até mesmo o narrador em primeira pessoa do livro é apaixonante.
    Ótimo post, mas pessoas deveriam pensar assim e parar com todo o mimimi por aí... -.-'
    xoxo

    planeta94.blogspot.com.br

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    1. Verdade Jason, alguns roteiros conseguem superar o original, o que é bem legal, pois podemos ver versões diferentes de uma mesma história. Caraaaa. David Fincher é um gênio!!! Eu amo os filmes dele, desde Seven *_* ele realmente faz mágica no cinema <3
      Beijo, beijo.

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  3. Olá Regiane!
    Antes eu ficava bem frustrada quando assistia uma adaptação literária, mas depois comecei analisar, oras é uma adaptação!
    E hoje analiso os dois de forma separada.
    Adorei o post! Abs

    citacoesdeumleitor.blogspot.com.br

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    1. Oi Francine!!! Que bom que consegue apreciar os dois, mais cultura e conhecimento ao invés de frustração né? <3
      Beijo, beijo.

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  4. Oi Gih! Dentre os famosões da literatura jovem, eu curti mesmo o As vantagens de ser Invisível e A Culpa é das Estrelas, pois foram adaptações tão perfeitas e sensíveis que nem me fizeram pensar nos livros. E realmente, são poucos os diretores que conseguem ser tão fiéis ao texto e ao mesmo tempo tão únicos em suas criações.

    Já meus amados Matthew Quick e David Nicholls quando foram para as telinhas me decepcionaram rs. Quer dizer, O Lado bom da Vida é até bom, mas o Um Dia eu achei bobo demais rs.

    Em relação aos filmes 'antigos', meus queridinhos serão sempre o Alta Fidelidade e o As Horas <3

    Assunto looooooongo esse hein, Gih! Pode colocar o tema aí na pauta de postagens do Blog :)

    Bjs,
    Reb

    http://blogpapelpapel.blogspot.com

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    1. Acho que A Culpa é das Estrelas realmente ficou tão bom quanto o livro, porque o John se envolveu em cada etapa do projeto, o que deixou o filme com a cara linda dele *_* (olha meu teenage dream aí rsrs), e acho maravilhoso quando isso acontece, de você conseguir absorver as duas artes de maneira tão especial, sem ficar remoendo se está igualzinho ou não ao que está no papel. Por mais filmes assim <3
      Quanto aos outros citados, não assisti Um Dia, mas amei o livro e confesso que tenho uma queda por Jim Sturgess que fez o Alex, desde Across The Universe, e acho que vou gostar por causa dele hahahaha. Os demais são perfeitos, Alta Fidelidade é um dos melhores filmes da vida ever!!!! ;)
      E haja post pra dar conta desse assunto heheheh XD
      Bjo, bjo.

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  5. Eu faço parte da galera que compara. Pra mim acaba sendo inevitável. Mas, tem alguns poréns.
    Faço uma espécie de separação, onde avalio o livro como apenas um livro, o filme de mesma forma, e a forma como foi feita a adaptação.
    Eu sou apaixonado pelos filmes do Percy Jackson.
    Até então, só tive a oportunidade de ler o primeiro livro, e também gostei bastante.
    O primeiro filme é ótimo e o livro também.
    Mas, apesar disso, sei que a adaptação foi bem ruim.

    Não sei se consegui me expressar bem. Em meu blog, procuro fazer esses três tipos de crítica, quando vou opinar sobre uma obra adaptada, pois sei que, cada pessoa procura por um tipo de avaliação diferente, e tento oferecer todas elas (ou a maior quantidade) aos meus leitores.

    http://caixasdsapato.blogspot.com.br/

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    1. Então Bruno, nesse caso é diferente, se você faz uma análise racional e o mais imparcial possível, ok, é ótimo. Mas, o que me chateia é ver as pessoas desprezando um filme bem feito, só porque houve alguma alteração de roteiro ou porque algumas cenas foram deixadas de fora. Não sei se eu consegui me fazer entender rsrsrs mas ainda prefiro assistir aos filmes sem a expectativa de que seja igualzinho, vírgula por vírgula, do que vi no livro. Ficarei de olho nas suas análises hahahaha.
      Beijo, beijo.

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  6. Depois de muitas decepções ao assistir adaptações mal feitas, comecei a não ter tanta expectativa e agora encaro apenas como mais um filme e se for fiel bem, se não bem também rsrs.
    Muito bom seu post.

    Beijos
    http://rtimliterario.blogspot.com.br/

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    1. O importante é curtir os dois de maneira proveitosa flor!!!
      Beijos!

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  7. Muito bom Regiane, gostaria muito de assistir o filme do livro A estrada da noite, do Joe Hill. Água para elefantes achei que deixou a desejar, quando você absorve a história do livro sem dúvidas é realmente muito perfeito!

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    1. Eu gostei de Água para Elefantes, achei que conseguiram enxugar a história para a tela, sem deixar muitas lacunas. Só gostaria que tivessem dado espaço maior à vida do personagem no asilo, foi a única coisa que achei que deixaram de fora e era importante. Esse do Joe Hill ainda não assisti, tomara que esteja à altura do livro ;)
      Beijo, beijo e obrigada pela visita.

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  8. Oi Regiane!
    Primeira pessoa que vejo falando sobre esse tema,parabéns!
    Admito que eu ficava comparando bastante os livros com os filmes,até porque acaba sendo involuntário,mas de uns tempos pra cá tenho conseguido fazer essa separação e dessa forma consigo aproveitar bastante os filmes.Um exemplo é Harry Potter,os filmes não me agradam tanto,mas não porque eles não são fiéis aos livros,mas porque realmente achei que foram feitos de uma forma equivocada.
    Em compensação A Culpa é Das Estrelas tem várias diferenças com relação ao livro e mesmo assim o filme é maravilhoso!
    Depois que a gente consegue fazer essa diferença tanto o filme quanto o livro fluem melhor.
    Parabéns pelo post!
    Beijos!

    http://livreirocultural.blogspot.com.br/

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    1. Oi Cláudio :)
      Disse tudo, o importante é aproveitar as duas artes e aprender com elas <3
      Beijo, beijo!

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